A frase q mais ouvimos desde o dia q o Davi nasceu foi: “Nossa, como ele é durinho”. Me lembro da minha mãe ainda no hospital constatando o q os dias seguintes só confirmaram. Quando ele tinha cinco dias, minhas cunhadas testemunharam o Davi me escalando. Ele chorava com fome e subia pela minha barriga, alternando as perninhas. Eu tb pensaria q é exagero de mãe se não tivesse acontecido comigo.
Desde sempre o Davi quis ver o mundo ao seu redor. Ele quase não ficou com o pescoço mole. Na consulta de um mês, o pediatra já disse q a coluna vertebral estava formada precocimente e por isso ele ficava com o pescoço durinho. Os meses foram passando e essa característica, se acentuando. E hoje vemos o quanto isso foi determinante para toda atenção q o Davi exigiu de nós.
Uma das coisas q mais planejei para o Davi é q ele seria acostumado a ficar no carrinho e no berço sozinho para a mamãe trabalhar. Hahaha! Chego a rir de mim mesma. Até ele completar cinco meses, isso foi praticamente impossível.
O Davi acabou ficando mais no colo pq teve muita cólica e mamava muito. E gostou. No colo, além dos nossos carinhos e cheirinhos, ele conseguia olhar tudo ao redor. Com dois meses ele já girava o pescoço com facilidade sem desequilibrar. No início me cobrava muito por isso. Quem não cresceu ouvindo q não podemos acostumar a criança no colo? Mas depois comecei a ler alguns artigos de médicos e psicológos q falavam q esse negócio de q colo não era bom é coisa do passado. Alguns deles até defendiam q o colo ajudava no desenvolvimento dos órgãos do bebê. Diante disso, resolvemos desencanar. No entanto, nunca desistimos de tentar. Se ele ficasse dez minutos na cadeirinha, na cama ou no berço admirando o móbile era lucro.
Mas não adiantava, tudo q limitava a sua visão não agradava. Eu já estava à beira de um ataque de nervos pq ele não queria andar no carrinho. Vários dias voltei para casa com ele no colo. O Leandro até descobriu q se sentássemos ele na bandeja superior do carrinho, ele ficava bem. Mas ainda assim estávamos longe do ideal. Pensei em desistir. Não aguentava mais deixar ele chorando ou voltar com ele nos braços. Daí, comecei a usar mais o sling.
Davi chorou no carrinho desde um mês até o dia em q conseguiu ficar sentado nele. Até ficava um dia ou outro sem chorar mas em seguida voltava a mostrar a sua insatisfação com a situação. A gente até levantava o encosto mas tínhamos medo de forçar muito a coluna dele. Aos quatro meses, ele começou a sentar e um belo dia resolvemos levantar todo o encosto do carrinho. Foi a solução dos nossos problemas. Coincidência ou não, faz duas semanas q ele parou de chorar para andar no carrinho.
Confesso q não esperava ter tanto trabalho (apesar de a minha mãe dizer q o Davi é super tranquilo. Vó é vó!). Na verdade, a gente não sabe NADA antes de ter filho. Na minha ingenuidade pré-maternidade eu achava q até os três meses ele ia dormir muito, depois de um mês a gente ia passear bastante e com quatro, já ia sair de carro sozinha com ele para tudo q é lugar. Amargo engano! Para vcs terem uma idéia, eu só dirigi duas vezes depois q ele chegou, o Davi quase não dormia de dia e depois q eu saí a primeira vez eu pensava dez vezes antes de sair. E olha q o Davi nem é o tipo de bebê q dá mais trabalho não. Ele é um típico bebê q precisou de todo esse tempo para se adaptar a esse mundo tão rico de sensações.
Sinto o Davi amadurecer a cada dia. Já consigo sonhar com um seis meses mais tranquilo. E o bom é q eu só pude comprovar o q cresci ouvindo: na vida tudo passa. Os bebês passam por fases, umas mais difíceis do q outras. Mas passa! E o tempo vai passando e a gente esquecendo. Q bom, né? Se não, quem em sã consciência teria mais de um filho?
(longe de mim reclamar do meu filho! Ainda na barriga, eu falava q ele poderia vir de qualquer jeito (calmo, agitado, irritado, sensível) q eu estaria aqui para passar por tudo com ele. E assim é! Mesmo nos meus momentos mais exaustos, faço tudo com o prazer q só uma mãe sente por estar ao lado do filho)
Olha ele aí na modalidade emergência. Quando não dá para ser dentro, vai na bandeja mesmo…
deu para sentir q nós somos pegajosos, né?