desmame noturno

Faz quase um mês q estamos batalhando pelo desmame noturno. Davi chegou ao ponto de acordar de hora em hora durante uma semana. Não dava mais para continuar. Ou eu SURTAVA ou ele ia dormir na minha cama ou a gente fazia o q o pediatra tinha autorizado e q era mais coerente: o desmame da noite.

Surtar não dava pq mais do q nunca o Davi precisava da minha força e segurança para mostrar q aquilo não era necessário para sua vida. Passamos por outros momentos difíceis e sempre me mantive calma. Não era agora, numa “ótima” oportunidade de mostrá-lo quem estava no controle, q eu ia desistir.

Cama compartilhada sempre foi um dos meus principais medo. Eu, Camilla, casada com o Leandro, sempre tentei evitar q o Davi estivesse na cama com a gente. Primeiro pq acredito q na vida tudo precisa ter ordem. A cama é do papai e da mamãe, o berço é do Davi. Fizemos um quarto lindo para recebê-lo e precisamos usá-lo. Segundo pq o Chico, nosso cachorro, dorme nos nossos pés. Agora isso nem é mais um problema pq os dois já se enroscam q é uma beleza. Mas no início eu tinha medo desse contato muito próximo.

E aí vcs vão me perguntar: ué, cadê a ordem? Bom, o Chico é um cachorro. A hora q eu não quiser mais q ele durma nos nossos pés, eu posso colocá-lo para fora do quarto e fechar a porta. Ele não vai chorar, esperniar. Vai simplesmente dormir na sua caminha. Fácil assim! Como ele se comporta bem, resolvemos manter o padrão pré-Davi. (temos certeza q muito em breve ele vai mudar de cama. Ou alguém duvida q os pés do Davi serão muito mais atraentes para ele?)

Por último, o Davi passa o dia todo com a gente, o q já cria uma certa dependência. Preciso trabalhar e ele precisa dormir com alguém para isso. Imagina se ele dormisse na nossa cama? Tudo poderia ser bem mais difícil.

O fato é q desejo muito q o Davi tenha autonomia, disciplina e segurança. Acredito q tudo q fizermos agora será mais fácil para ele mais tarde. Acho muito mais difícil tirar da cama depois. É lógico q ele pode ficar doente e por cansaço eu colocá-lo na cama comigo e ele acabar não saindo. Não estou livre disso. Mas, enquanto tiver força, prefiro levantar de hora em hora para amamentá-lo na poltrona.

Por essas e outras, respiramos fundo e partimos para o desmame noturno. Dentro de nós, algo dizia q seria o melhor para ele. A primeira noite foi pavorosa. Amamentei e uma hora depois estava o baixinho acordado. Leandro pegou ele no colo, conversou, explicou q ele tinha acabado de mamar e q era a hora de dormir. Ele chorou mais de 30 minutos. Era um choro sentido, alto, revoltado, de quem não estava sendo atendido. Meu coração doía de ouvir e de não poder chegar nem perto. Quanto mais cheiro do peito ele sentisse, mais sofrido seria. Tentava me distrair com outras coisas mas as lágrimas insistiam em cair. Repetia um mantra para mim mesma: vai ser melhor para ele, vai ser melhor para ele. Até q ele dormiu. E dormiu por 3 horas seguidas, o q não acontecia há muuuuuito tempo. Era o sinal q devíamos continuar com a orientação do pediatra.

O segundo dia tb foi difícil. Ele chorou mais do q o primeiro. Nos mantivemos firmes. Ele já tinha dormido melhor no dia anterior. Pensava: precisamos estar no controle. Isso faria toda a diferença no nosso caminho. E deu certo de novo. Ele dormiu umas quatro horas. A partir da terceira noite as coisas começaram a melhorar. O Davi já aceitava dormir com o Leandro. Mas tinha q ser o Leandro. Comigo a história era bem diferente. Cheguei a tentar fazê-lo dormir uma vez mas não deu muito certo. Ele não parava de chorar, já era madrugada, Leandro estava preocupado com os vizinhos e eu acabei cedendo. Foi a primeira e última vez q tentei. Prefiro não tentar do q tentar e ceder no final. Se eu levantar, já amamento logo.

Quase sempre o Leandro faz o Davi dormir. Ele acorda umas 3 horas depois, o papai nina ele de novo ou dá uma mamadeira e ele dorme mais umas 3 horas. Até tem dias q ele dorme quatro, cinco horas direto (e isso tem se repetido cada vez mais). Mas na maioria das vezes o esquema funciona assim. Aí eu levanto e dou mama. Ele dorme mais umas duas ou três horas e mama de novo. E acorda com outra fisionomia: sem chorar, sozinho, levanta e fica em pé no berço, conversando sabe-se lá com quem.

Estamos longe do ideal da noite inteira de sono. Mas já conseguimos mudar a realidade de acordar muitas vezes de madrugada. Hoje eu levanto umas duas vezes e acho isso o máximo.

Faz umas duas semanas q tb tiramos o peito antes da soneca da tarde. E já estamos sentindo a diferença. A rotina de sono do dia melhorou MUITO. Na maioria das vezes, ele dorme quase duas horas. Antes, ele acordava de 30 em 30 minutos e sempre chorando muito por ter acordado. Agora dificilmente ele dorme menos de uma hora e acorda de um jeito bem mais feliz e satisfeito.

A nossa idéia é desvincular o sono do peito. Assim será mais fácil para o desmame definitivo. Sim, nós já optamos pelo desmame. No início me senti uma megera só de pensar nisso. Mas agora, com o apoio do Leandro (sempre ele!) já me livrei da bendita culpa e me resolvi com a questão. Psicologicamente falando, acreditamos q será o melhor para ele nesse momento. Mas esse assunto polêmico fica para um próximo post. Wish me lucky!!!

(alô, alô companheiros de blog, essa é apenas a minha opção enquanto mãe. Eu acho mesmo q todo mundo precisa estar bem resolvido com as suas questões. Se o seu filho dorme na sua cama e vc é feliz assim, viva esse momento sem culpa. Uma hora ele vai querer voltar para o quarto dele. Caminhos diferentes levam ao mesmo lugar! O tempo está passando MUITO rápido, não dá para ficar perdendo tempo com sofrimentos. Vambora ser feliz, minha gente! Nossos pequenos merecem!!!)