11 meses

Deus meu! Quase tive um treco quando escrevi esse título. 11? 11 meses? No creo! Meu pequeno está prestes a completar o seu primeiro aninho. Mas já? Porque passas tão rápido, tempo?

Se poderia aproveitar mais eu não sei mas que eu tento curtir cada minutinho de vida do Davi, ahhhh isso eu tento. Na minha loucura do dia-a-dia, na correria de sair de casa para deixá-lo na minha mãe, quando estou atrasada para atender um cliente, quando os olhos estão fechando de sono, eu NUNCA deixo passar a oportunidade de receber um sorriso, um chamego, um olhar carinhoso do pequeno. Ser mãe foi uma das coisas mais felizes que aconteceu na minha vida. Como eu amo tê-lo pertinho de mim, como eu amo cuidar dele, como eu amo a sua companhia, como a minha família é mais família.

(enxuga as lágrimas e segue a diante)

Davi está foférrimo (e quando o assunto é ele, eu não sou nada modesta!). Faz cada gracinha linda e aprende com muita facilidade as palhaçadas do papai. É um tal de sacode a cabeça pra lá e pra cá, coloca o dedo na boca e puxa para fazer um barulhinho, meche no nosso umbigo e vive chamando Chico. Percebemos claramente o quanto ele reconhece as coisas pelo nome. Já sabe o que é carro, sapo, telefone. Reconhece as pessoas do seu convívio próximo. Se estamos reunidos na sala e perguntamos pelos nomes das pessoas ele as identifica pelo olhar.

Aprendeu a fazer um aninho com a mão e imediatamente bate palminhas para os parabéns. Ás vezes inverte tudo e é lindo assim mesmo. Aponta o que quer, fala “dá”, “qué” e faz vem com a mãozinha. E quando quer chamar a atenção dá umas gargalhadas forçadas arrancando gargalhadas sinceras de todo mundo.

Faz uma pirracinha básica quando quer as coisas e dizemos não. Se joga para trás, sofreeee! Ama controles, telefones sem fio, celulares, principalmente porque são “proibidos” para ele. Também ama brincar com os utensílios domésticos. Abre a gaveta e tira um a um. Se conseguir pegar uma panela é batuque na certa.

Com a chupeta, eliminamos a mamadeira de depois do almoço e agora ele toma duas por dia: uma de noite e outra de madrugada. Para a minha decepção, tenho sentido ele bem viciadinho nessa da madrugada. Faz umas duas semanas q ele acorda uma vez todas as noites. E a pergunta que não quer calar: quando ele vai dormir a noite toda? Sem chances de tentarmos tirar essa mamadeira agora já que estamos exaustos e dormindo pouco por conta do trabalho. Mas os planos são começar a tentar tirar depois das férias de final de ano.

Comeu o primeiro biscoito e ficou alucinado. Só damos depois de algumas refeições já que é um excelente recurso para distraí-lo. E só de uma marca: um água light preto da Piraquê. Sigo na luta por uma alimentação muito saudável até 2 anos. Pretendo não dar nada com açúcar, refrigerantes, biscoito maizena, danoninho. Acho importante mantê-los longe das guloseimas nesse período inicial de formação do paladar. Davi já não gosta muito de fruta, se eu abrir a guarda, aí q ele não vai querer mesmo…

O pequeno também está dando os primeiros passos. Fica em pé direto e vai andando entre sofás, mesas e cadeiras. Volta e meia dá uns passinhos sozinho. A gente até achava que ele ia andar antes dos 11 meses mas infelizmente ele caiu na semana passada, cortou a sobrancelha, ficou todo ensaguentado e perdeu um pouco da coragem. Normal! Acontece! Eu só não estou preparada pra outra.

Foi um susto danado ver o Davi com o rostinho cortado, sangrando e chorando muito. Ele estava na sala, o Leandro sentado do lado dele. Ia sair do rac para o sofá mas resolveu desviar a rota, se desequilibrou e caiu de cara na caixa de brinquedos. Abriu na hora. Ligamos para pediatra, enviei uma foto do corte (viva a modernidade!!!) e ele deixou ao nosso critério dar ponto ou não. Optamos por deixar cicatrizar naturalmente e foi a melhor coisa. Uma semana depois já está praticamente bom. Criança tem essa vantagem: tudo cicatriza muito rápido.

Não vi esse último mês passar. Final de ano tem dessas coisas! É tanto assunto na cabeça, tanta providencia a ser tomada, que o tempo passa e a gente nem vê. Só sente a alegria de comemorar aqui mais um mês de muita vida.

me rendi

A chupeta esteve nos meus planos muito antes do Davi nascer. Tinha convicção de que ela faria diferença nos momentos de angústia do meu cotoco. Queria inclusive que ele tivesse de várias cores para combinar com as roupas ( a louca!). Mas, como a maternidade vem para nos mostrar de vez que nós nem sempre estamos no controle, Davi não quis saber da bendita. Para dizer a verdade, ele chupou um pouquinho quando chegou do hospital mas conforme ia mamando mais, menos interesse tinha. Tentamos por algumas semanas e acabamos desistindo.

Mas, todas as vezes que meu esgotamento dava sinal de vida, pulava uma pulguinha atrás da orelha dizendo se não valeria a pena tentar de novo. Algumas vezes desistia logo, outras tentava e ele nem tchum. Até que começamos a fazer o desmame noturno, aos sete meses. Tiramos o peito da madrugada e o de depois do almoço. Substituímos por mamadeira e um belo dia percebi que o Davi ao invés de beber o leite estava só sugando o bico. Plim, plim (piscou uma luzinha em cima da cabeça)! Fui eu pegar a chupeta que tinha comprado no mês anterior (no auge do desespero eu comprei uma chupeta +6 meses). Coloquei na boca do Davi com o coração acelerado. Mais da metade de mim não queria que ele pegasse a bendita. Mas o pouquinho que me restava de esperança por momentos menos angustiantes me obrigava a tentar. Tcham tcham tcham! O danadinho pegou de primeira e eu quase caí dura no sofá. Como pode uma criança que rejeitou meses e meses a chupeta, colocá-la na boca como se tivesse saído de mim com uma? Eu, hein!

Mas quem disse que eu ia deixar? Fizemos uma reunião, discutimos os prós e os contras e decidimos não dar a chupeta. Ele já estava com sete meses, em pouco tempo íamos passar um sufoco para tirá-la. Além disso, estávamos caminhando para o desmame definitivo e tínhamos grande chance de confundir tudo. NÃO! Não nos renderíamos!

Dois meses passaram, o Davi já não mamava mais no peito, dormia super bem e acordava uma vez de noite. Estávamos dando 3 mamadeiras: uma de noite, uma de madrugada e uma depois do almoço. Sem essa ele não dormia à tarde. Isso já me incomodava porque acabava sendo bem próximo da hora do almoço. Passava o dia bem humorado até chegar o final da tarde, início da noite. Nessa hora batia uma angústia nele, uma necessidade de algo a mais. Mamadeira nem pensar! O pediatra tinha liberado de 2 a 3 e ele já usava as três chances. Tentamos de muitas formas e nada resolveu. Até que um belo dia, ele estava caindo de sono, chorando muito, eu tentei fazê-lo dormir, minha mãe tentou e nada funcionou. Num ímpeto revolucionário, peguei a chupeta e coloquei na boca do bichinho. Ele desmaiou na mesma hora. Foi instantâneo: colocamos a chupeta e ele dormiu como que dizendo que era aquilo que estava faltando.

Desde então, nos rendemos. Mas assumimos um compromisso familiar de só ceder em momentos ligados ao sono. Acordou, bye bye chupeta. E tá funcionando bem! Substituimos a mamadeira de depois do almoço e é nessa hora que usamos mais. De noite tem vezes que ele dorme com e tem vezes que dorme sem. Dificilmente passa a madrugada chupando e não acorda porque caiu. De manhã, o seu melhor horário ever, ele não chupa nunca, nem para o cochilinho matinal.

E a chupeta realmente conforta a criança. Já aconteceu de sairmos para comer uma pizza com amigos e conseguirmos ficar até um pouquinho mais tarde porque o Davi conseguiu dormir com a ajuda da chupeta.

Se eu disser que estou feliz porque agora usamos chupeta estarei mentindo. Não era o que eu queria nesse momento. Mas estava difícil lidar com esses momentos de maior angústia. Era nítido que o Davi sentia falta de alguma coisa para sugar. E eu estava receosa de ficar dando muita mamadeira a ele. Por mais que a minha razão pedisse para não dar porque depois teríamos o trabalho de tirar, a minha intuição pedia para tentar.

Estamos tentando. Por enquanto, estou satisfeita com os limites impostos às situações e horários. Mas ele tem apenas dez meses e talvez ainda não tenha consciência do que esteja acontecendo. Com o passar do tempo, a dependência tende a evoluir. Pretendo estar sempre atenta para se amanhã achar que não vale mais, jogar a chupeta fora.

Dúvidas que não querem calar: até quando ele vai chupar? vamos ser fortes o suficiente para tirar? ele vai ter crises de abstinência? vou me arrepender MUITO depois? Aguardem as cenas do próximo capítulo!

psicomotricidade

A primeira vez que ouvi falar de psicomotricidade foi através de uma vizinha da minha mãe. O filho dela se expressava muito bem. A gente achava lindo e um dia ela nos contou que ele participava de um grupinho de psicomotricidade. Os anos passaram e eu engravidei. A idéia do Davi participar de um ambiente assim me agradava já que nada sabia sobre o desenvolvimento infantil, suas etapas e formas de estimulação.

Davi nasceu e só fui pensar de novo no assunto quando ele tinha cinco meses. Para minha decepção, o pediatra não liberou a natação. Alegou que a relacão benefícios / riscos não valia a pena. Segundo dr. Antonio, o risco dele desenvolver uma otite é muito alto e o benefício muito pouco. Ele só liberaria para crianças com problemas respiratórios, o que não era o caso do Davi (graças a Deus). Queríamos inserir o Davi num ambiente para socialização. Lembrei do tal grupinho de psicomotricidade.

Agendei uma entrevista e logo gostei do espaço. Uma sala ampla, com blocos de colchão e vários tipos de brinquedos. O primeiro encontro também foi bom. Conversamos sobre o desenvolvimento do Davi, nossas dúvidas e incertezas. A psicóloga nos explicou que ele participaria de uma turma com outros bebês e que nós o acompanharíamos até 1 ano. Isso me agradou bastante. Não que eu tenha problemas em deixá-lo sozinho numa atividade. Mas gostei de poder ter idéias para estimular na nossa casa.

Adorei a primeira aula. Confesso que fiquei até emocionada de ver o Davi se inserir na socialização perante a sociedade. Meu bebê está crescendo, conquistando seu lugar no mundo, buscando ser uma pessoa melhor. Sem palavras para descrever essa satisfação.

Quando entrou, aos cinco meses, o Davi estava começando a rolar. Umas duas ou três aulas foram suficientes para ele dominar a “técnica” e passar para a fase seguinte. Aos seis meses, começou a ficar de quatro e se balançar pra frente e pra trás. Chegou a dar umas passadinhas mas foi aos sete meses que ele engatinhou de verdade.

Gostamos muito do trabalho do Ser. As meninas montam um circuito de atividades e estimulam os pequenos a participar. Além disso, tem outras atividades que envolvem concentração, equilíbrio, coordenação motora. E todas essa atividades são oferecidas através das brincadeiras. Entre outras coisas, o circuito tem rampa, escada, túnel, pula pula. Também trabalham com bola de pilates, bolinhas de sabão e muitas músicas. Eu fico toda boba de ver o Davi fazendo tudo isso.

Segundo as psicólogas, “a criança é convidada a passar por diferentes níveis simbólicos através da ação espontânea, do movimento, do desenho, da construção e da verbalização. Através dessas experiências, a criança toma consciência das suas sensações, percepções e cognições, fazendo com que se sinta segura para arriscar e vencer desafios, proporcionando conhecimento a cerca de si mesma, dos outros e do meio em que vive.”

Após o primeiro mês, tivemos uma avaliação proveitosa com uma das meninas. Estava vivendo um conflito interno em relação ao desmame e ela me mostrou que (psicologicamente falando) seria uma forma de estimular a autonomia do Davi, o amadurecimento e que eu não estaria fazendo mal a ele por isso. O pequeno se desenvolvia bem, aceitava tudo que lhe era proposto e mostrava uma boa concentração. Ela também nos deu algumas dicas de como lidar com ele no dia a dia, tipo não atendê-lo imediatamente após todos os chamados e tirar do seu alcance alguns objetos da casa que ele não pudesse mecher.

Pretendemos que o Davi fique lá até pelo menos 3 anos – o primeiro ciclo proposto por elas. Em breve, ele vai subir mais um degrau e ficar sozinho com a turminha. E nós estaremos do outro lado torcendo que tudo dê certo nessa escada do desenvolvimento.

A QUEM INTERESSAR:

– Ser em Desenvolvimento: 9272-1745 (www.seremdesenvolvimento.com)

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* não esqueci do post final do desmame, tá? Mas o ritmo do trabalho, da cabeça e do coração está INTENSO demais e acaba me impedindo de conseguir falar sobre um dos assuntos que mais mecheu comigo na maternidade. Espero em breve estar com a serenidade em dia *

nove meses

Davi agora já é rapaz. Aquela carinha de bebê tá indo embora. A cada dia ele interage mais, nos olha mais, nos entende mais, fala mais, brinca mais. Uma delícia!

Dança em pé, faz vem com a mão e dá tchau. No carro, pega no volante e na marcha, mostrando q observou bem o jeito q o papai dirige. Já sabe brincar de carrinho. Sai engatinhando e empurrando o carro com uma das mãos. E nos impressiona a cada novidade. Normal isso, né?

Estamos vivendo um caso de amor com o Discovery Kids. Gente, q canal lindo e educativo. Não sabia q era assim. Os desenhos sempre passam uma mensagem de boas maneiras, de cidadania, de respeito à natureza e ao próximo. O Davi AMA os Backyardigans. Qd começa a musiquinha, faz uma festa danada. Ainda não assiste o desenho todo mas está sempre atento às músicas. E já os reconhece. Fomos numa loja comprar o DVD e quando a vovó mostrou para ele, deu um sorrisão e fez vem com a mãozinha. E o Dock e suas musiquinhas? Q coisa mais fofa!

Reagiu bem ao desmame. Está mamando uma ou duas vez por dia, geralmente de madrugada. Menos por ele e mais por mim. Queria muito q os dentinhos nascessem antes do desmame total. Às vezes necessito de um marco, sabe? Resquícios da neura pela disciplina. Os danados estão escondidinhos ainda. Essa semana até parecia q estavam dando sinal. Davi ficou com nariz entupido, olhos caídos, enjoadinho, coçando muito as gengivas. Olhava para a gente com uma carinha de quem dizia: “tá acontecendo alguma coisa estranha comigo!”. Mas até agora nada de rompimento.

O sono melhorou MUITOOOO! De dia e de noite. Acorda no máximo duas vezes de madrugada e tira duas sonecas longas, de manhã e de tarde. O q mais me deixa feliz é ele ter parado de acordar chorando muito. Hoje ele desperta, fica em pé no berço e espera por nós. Satisfeito!

O ruim dessa história é q ele está tomando mais mamadeiras. O pediatra liberou de 2 a 3. Ainda não conseguimos fazer menos de três. Mas tb não passamos disso. Por enquanto, tá funcionando assim. Q isso seja apenas uma transição e q em breve a gente consiga introduzir TUDO nos copos.

Vamos finalmente mudar a cadeirinha do carro e essa é a minha grande esperança do Davi parar de reclamar. Esse talvez seja o nosso principal duelo. O menininho nunca gostou de andar no bebê conforto. Não sei se pq ele sempre mamou muito (não dava tempo de chegar ao nosso destino para amamentá-lo) ou se ele não gosta de andar de costas, sem ver o mundo. Eu só sei q essa é uma das minhas principais fraquezas. Ele até anda na bendita cadeira mas quase sempre é a custa de muito choro. Além disso, eu nunca consegui sair de carro sozinha com ele. Isso nem é um grande problema pq adoro caminhar e me viro bem de taxi. Mas não tem coisa melhor do q autonomia total, né gente? Oremos para tudo dar certo!

desmame noturno

Faz quase um mês q estamos batalhando pelo desmame noturno. Davi chegou ao ponto de acordar de hora em hora durante uma semana. Não dava mais para continuar. Ou eu SURTAVA ou ele ia dormir na minha cama ou a gente fazia o q o pediatra tinha autorizado e q era mais coerente: o desmame da noite.

Surtar não dava pq mais do q nunca o Davi precisava da minha força e segurança para mostrar q aquilo não era necessário para sua vida. Passamos por outros momentos difíceis e sempre me mantive calma. Não era agora, numa “ótima” oportunidade de mostrá-lo quem estava no controle, q eu ia desistir.

Cama compartilhada sempre foi um dos meus principais medo. Eu, Camilla, casada com o Leandro, sempre tentei evitar q o Davi estivesse na cama com a gente. Primeiro pq acredito q na vida tudo precisa ter ordem. A cama é do papai e da mamãe, o berço é do Davi. Fizemos um quarto lindo para recebê-lo e precisamos usá-lo. Segundo pq o Chico, nosso cachorro, dorme nos nossos pés. Agora isso nem é mais um problema pq os dois já se enroscam q é uma beleza. Mas no início eu tinha medo desse contato muito próximo.

E aí vcs vão me perguntar: ué, cadê a ordem? Bom, o Chico é um cachorro. A hora q eu não quiser mais q ele durma nos nossos pés, eu posso colocá-lo para fora do quarto e fechar a porta. Ele não vai chorar, esperniar. Vai simplesmente dormir na sua caminha. Fácil assim! Como ele se comporta bem, resolvemos manter o padrão pré-Davi. (temos certeza q muito em breve ele vai mudar de cama. Ou alguém duvida q os pés do Davi serão muito mais atraentes para ele?)

Por último, o Davi passa o dia todo com a gente, o q já cria uma certa dependência. Preciso trabalhar e ele precisa dormir com alguém para isso. Imagina se ele dormisse na nossa cama? Tudo poderia ser bem mais difícil.

O fato é q desejo muito q o Davi tenha autonomia, disciplina e segurança. Acredito q tudo q fizermos agora será mais fácil para ele mais tarde. Acho muito mais difícil tirar da cama depois. É lógico q ele pode ficar doente e por cansaço eu colocá-lo na cama comigo e ele acabar não saindo. Não estou livre disso. Mas, enquanto tiver força, prefiro levantar de hora em hora para amamentá-lo na poltrona.

Por essas e outras, respiramos fundo e partimos para o desmame noturno. Dentro de nós, algo dizia q seria o melhor para ele. A primeira noite foi pavorosa. Amamentei e uma hora depois estava o baixinho acordado. Leandro pegou ele no colo, conversou, explicou q ele tinha acabado de mamar e q era a hora de dormir. Ele chorou mais de 30 minutos. Era um choro sentido, alto, revoltado, de quem não estava sendo atendido. Meu coração doía de ouvir e de não poder chegar nem perto. Quanto mais cheiro do peito ele sentisse, mais sofrido seria. Tentava me distrair com outras coisas mas as lágrimas insistiam em cair. Repetia um mantra para mim mesma: vai ser melhor para ele, vai ser melhor para ele. Até q ele dormiu. E dormiu por 3 horas seguidas, o q não acontecia há muuuuuito tempo. Era o sinal q devíamos continuar com a orientação do pediatra.

O segundo dia tb foi difícil. Ele chorou mais do q o primeiro. Nos mantivemos firmes. Ele já tinha dormido melhor no dia anterior. Pensava: precisamos estar no controle. Isso faria toda a diferença no nosso caminho. E deu certo de novo. Ele dormiu umas quatro horas. A partir da terceira noite as coisas começaram a melhorar. O Davi já aceitava dormir com o Leandro. Mas tinha q ser o Leandro. Comigo a história era bem diferente. Cheguei a tentar fazê-lo dormir uma vez mas não deu muito certo. Ele não parava de chorar, já era madrugada, Leandro estava preocupado com os vizinhos e eu acabei cedendo. Foi a primeira e última vez q tentei. Prefiro não tentar do q tentar e ceder no final. Se eu levantar, já amamento logo.

Quase sempre o Leandro faz o Davi dormir. Ele acorda umas 3 horas depois, o papai nina ele de novo ou dá uma mamadeira e ele dorme mais umas 3 horas. Até tem dias q ele dorme quatro, cinco horas direto (e isso tem se repetido cada vez mais). Mas na maioria das vezes o esquema funciona assim. Aí eu levanto e dou mama. Ele dorme mais umas duas ou três horas e mama de novo. E acorda com outra fisionomia: sem chorar, sozinho, levanta e fica em pé no berço, conversando sabe-se lá com quem.

Estamos longe do ideal da noite inteira de sono. Mas já conseguimos mudar a realidade de acordar muitas vezes de madrugada. Hoje eu levanto umas duas vezes e acho isso o máximo.

Faz umas duas semanas q tb tiramos o peito antes da soneca da tarde. E já estamos sentindo a diferença. A rotina de sono do dia melhorou MUITO. Na maioria das vezes, ele dorme quase duas horas. Antes, ele acordava de 30 em 30 minutos e sempre chorando muito por ter acordado. Agora dificilmente ele dorme menos de uma hora e acorda de um jeito bem mais feliz e satisfeito.

A nossa idéia é desvincular o sono do peito. Assim será mais fácil para o desmame definitivo. Sim, nós já optamos pelo desmame. No início me senti uma megera só de pensar nisso. Mas agora, com o apoio do Leandro (sempre ele!) já me livrei da bendita culpa e me resolvi com a questão. Psicologicamente falando, acreditamos q será o melhor para ele nesse momento. Mas esse assunto polêmico fica para um próximo post. Wish me lucky!!!

(alô, alô companheiros de blog, essa é apenas a minha opção enquanto mãe. Eu acho mesmo q todo mundo precisa estar bem resolvido com as suas questões. Se o seu filho dorme na sua cama e vc é feliz assim, viva esse momento sem culpa. Uma hora ele vai querer voltar para o quarto dele. Caminhos diferentes levam ao mesmo lugar! O tempo está passando MUITO rápido, não dá para ficar perdendo tempo com sofrimentos. Vambora ser feliz, minha gente! Nossos pequenos merecem!!!)

no pediatra, aos 7 meses

Ontem foi dia de pediatra. Estava ansiosa para pesar o Davi depois da tal desaceleração de crescimento dos cinco meses. Não q eu estivesse neurótica com isso. Mas queria confirmar q com a introdução da comida tudo tinha voltado ao normal. Não deu outra, Davi engordou 1,2 kg! Ufa!

Agora vai começar a jantar (minha última esperança de uma boa noite de sono) e já pode comer arroz, feijão e carne no almoço. Como estou dando uma mamadeira de fórmula para ele por noite, perguntei se podia engrossá-la com uma frutinha e fiquei feliz com a resposta positiva. Vamos ver se vai ajudar à noite. Pode ser q faça o efeito contrário mas não custa nada tentar.

Se não ajudar em nada, precisaremos tirar na marra pelo menos algumas mamadas noturnas. O dr. Antonio deu a idéia de tentar dar um suquinho ou água no lugar do peito. Segundo ele, o Davi acorda pq quer o contato físico com a mãe. E isso não é bom para ninguém. Estou rezando para o jantar e a mamadeira antes de dormir ajudar. Se não, vai ser brabo! Rezem por mim, tá? Prometo voltar por aqui para comemorar algumas boas horas de sono ou chorar as mágoas das noites mal dormidas.

Contei para o dr. Antonio q o Davi aceita melhor o almoço do q a frutinha e ele disse q isso é bem normal. Ele pediu para experimentar bastantes sabores e não deixar de dar nenhuma. O paladar do bebê é muito variável.

Davi foi super elogiado pelo tio Antônio! Além de uma aparência saudável, ele se desenvolve muito bem. Segundo o pediatra, está fazendo coisas de bebês de 10, 11 meses. Saímos do consultório distribuindo sorrisos felizes!

PESO: 8,100 kg ::::::::: ALTURA: 68 cm

menino do mundo

A frase q mais ouvimos desde o dia q o Davi nasceu foi: “Nossa, como ele é durinho”. Me lembro da minha mãe ainda no hospital constatando o q os dias seguintes só confirmaram. Quando ele tinha cinco dias, minhas cunhadas testemunharam o Davi me escalando. Ele chorava com fome e subia pela minha barriga, alternando as perninhas. Eu tb pensaria q é exagero de mãe se não tivesse acontecido comigo.

Desde sempre o Davi quis ver o mundo ao seu redor. Ele quase não ficou com o pescoço mole. Na consulta de um mês, o pediatra já disse q a coluna vertebral estava formada precocimente e por isso ele ficava com o pescoço durinho. Os meses foram passando e essa característica, se acentuando. E hoje vemos o quanto isso foi determinante para toda atenção q o Davi exigiu de nós.

Uma das coisas q mais planejei para o Davi é q ele seria acostumado a ficar no carrinho e no berço sozinho para a mamãe trabalhar. Hahaha! Chego a rir de mim mesma. Até ele completar cinco meses, isso foi praticamente impossível.

O Davi acabou ficando mais no colo pq teve muita cólica e mamava muito. E gostou. No colo, além dos nossos carinhos e cheirinhos, ele conseguia olhar tudo ao redor. Com dois meses ele já girava o pescoço com facilidade sem desequilibrar. No início me cobrava muito por isso. Quem não cresceu ouvindo q não podemos acostumar a criança no colo? Mas depois comecei a ler alguns artigos de médicos e psicológos q falavam q esse negócio de q colo não era bom é coisa do passado. Alguns deles até defendiam q o colo ajudava no desenvolvimento dos órgãos do bebê. Diante disso, resolvemos desencanar. No entanto, nunca desistimos de tentar. Se ele ficasse dez minutos na cadeirinha, na cama ou no berço admirando o móbile era lucro.

Mas não adiantava, tudo q limitava a sua visão não agradava. Eu já estava à beira de um ataque de nervos pq ele não queria andar no carrinho. Vários dias voltei para casa com ele no colo. O Leandro até descobriu q se sentássemos ele na bandeja superior do carrinho, ele ficava bem. Mas ainda assim estávamos longe do ideal. Pensei em desistir. Não aguentava mais deixar ele chorando ou voltar com ele nos braços. Daí, comecei a usar mais o sling.

Davi chorou no carrinho desde um mês até o dia em q conseguiu ficar sentado nele. Até ficava um dia ou outro sem chorar mas em seguida voltava a mostrar a sua insatisfação com a situação. A gente até levantava o encosto mas tínhamos medo de forçar muito a coluna dele. Aos quatro meses, ele começou a sentar e um belo dia resolvemos levantar todo o encosto do carrinho. Foi a solução dos nossos problemas. Coincidência ou não, faz duas semanas q ele parou de chorar para andar no carrinho.

Confesso q não esperava ter tanto trabalho (apesar de a minha mãe dizer q o Davi é super tranquilo. Vó é vó!). Na verdade, a gente não sabe NADA antes de ter filho. Na minha ingenuidade pré-maternidade eu achava q até os três meses ele ia dormir muito, depois de um mês a gente ia passear bastante e com quatro, já ia sair de carro sozinha com ele para tudo q é lugar. Amargo engano! Para vcs terem uma idéia, eu só dirigi duas vezes depois q ele chegou, o Davi quase não dormia de dia e depois q eu saí a primeira vez eu pensava dez vezes antes de sair. E olha q o Davi nem é o tipo de bebê q dá mais trabalho não. Ele é um típico bebê q precisou de todo esse tempo para se adaptar a esse mundo tão rico de sensações.

Sinto o Davi amadurecer a cada dia. Já consigo sonhar com um seis meses mais tranquilo. E o bom é q eu só pude comprovar o q cresci ouvindo: na vida tudo passa. Os bebês passam por fases, umas mais difíceis do q outras. Mas passa! E o tempo vai passando e a gente esquecendo. Q bom, né? Se não, quem em sã consciência teria mais de um filho?

(longe de mim reclamar do meu filho! Ainda na barriga, eu falava q ele poderia vir de qualquer jeito (calmo, agitado, irritado, sensível) q eu estaria aqui para passar por tudo com ele. E assim é! Mesmo nos meus momentos mais exaustos, faço tudo com o prazer q só uma mãe sente por estar ao lado do filho)

Olha ele aí na modalidade emergência. Quando não dá para ser dentro, vai na bandeja mesmo…

deu para sentir q nós somos pegajosos, né?

no pediatra, aos cinco meses

Sexta-feira foi dia de pediatra. Dessa vez a visita deixou uma pulguinha atrás da orelha. Está tudo ótimo com o Davi (graças a Deus!) mas o ganho de peso dele deu uma desacelerada. E é incrível como mãe sempre sabe das coisas. Eu sabia q assim seria. Sempre percebi q a minha produção de leite não era lá grandes coisas. Muitas foram as vezes q o Davi chorou enquanto mamava e não tinha mais leite no peito. Provavelmente tenho um atraso na ejeção do leite e é isso q o deixa impaciente. Ele começa a mamar, o peito seca e só depois de alguns minutos desce de novo. Não é em todas as mamadas mas geralmente na última, quando ele está com mais sono.

O dr. Antonio me deixou bastante tranquila em relação ao peso. Segundo ele, o Davi vai recuperar isso fácil quando começar a comer. Mas não adianta q aquela culpa q nasce junto com o filho rapidamente bateu na porta do meu coração. Será q fiz certo? Sempre resisti a dar complemento para o Davi. Ele tomou poucas vezes antes dos cinco meses. E quase todas as vezes foram pelo Mama Tutti, um ótimo método de translactação, q ele rejeitou depois de um tempo. Será q eu não deveria ter dado mais vezes? Pq eu tenho todo esse preconceito com o complemento? Será q sacrifiquei o Davi para provar ao mundo q seria capaz de alimentá-lo?

Difícil encontrar respostas para essas perguntas. Talvez elas nem existam. A única certeza q tenho é q sempre quis o melhor para o meu filho. Eu via o quanto algumas mamadas eram sacrificantes para nós e tinha medo q com a introdução do complemento ele largasse o peito e eu me acomodasse nas mamadeiras. Tudo bem q poderia usar o copo ou a seringa para dar o complemento. Mas isso tb seria muito desgastante. Além disso, o Davi sempre ganhou peso e fazia no mínimo seis fraldas de xixi por dia. Era a comprovação de q estava sendo alimentado. Daí, decidi seguir em frente. Passei por cima de toda a angústia de vê-lo chorar (muitas vezes chorei junto) para q ele recebesse o melhor alimento.

O Davi é guerreiro, só está começando a trilhar seu caminho na vida. Pelo caminho vai encontrar muitas outras pedras. Por diversas vezes terá q fazer o q não gosta para continuar no caminho. Essa é a lógica da vida bem vivida!

Refleti muito depois q saí do consultório. Expulsei a culpa do meu coração e agradeci por ele ser saudável, por ter ganho 600 gramas e por estarmos chegando próximo da adaptação alimentar. Mais alguns dias, o Davi vai tomar suquinho, almoçar e comer frutinha. Ai q lindo!

De resto, Davi se desenvolve muito bem. Deixou o tio Antonio espantado com a segurança do sentar, confirmando o q ele já dizia desde o início: menino precoce. Só precisamos incentivá-lo a rolar. Deitar definitivamente não é a posição favorita do Davi. Ele só fica bem quando consegue ver o mundo ao seu redor. Mas isso é assunto para o próximo post.

PESO: 6,870 kg :::::: ALTURA: 65 cm

no pediatra, aos quatro meses

Ontem foi dia de visita ao pediatra. O “tio” Antonio é bem prático, objetivo e competente. Chegamos a ele por diferentes (excelentes) indicações. Na família, no trabalho e na ginástica para gestantes. Conhecemos suas orientações através de uma prima e adorávamos o jeito leve e natural de conduzir as crianças. Depois, numa dessas coincidências da vida, fotografamos o casamento dele. Nessa época, eu ainda não era nem casada. Aí, pouco antes do Davi nascer, o encontramos numa sorveteria e ao me ver grávida ele me deu o número do celular para eu ligar quando estivesse indo para maternidade. Pronto! O destino já tinha escolhido o nosso pediatra.

Ele é contra o uso abusivo de medicamentos e antibióticos e isso era essencial para nós. Marcamos uma consulta de gestante e ele falou sobre a importância de cuidados para evitar as infecções e consequentemente, o uso de remédios. Sua filha tinha 21 anos e nunca precisou tomar antibiótico. Exatamente como pensamos: os remédios usados excessivamente acabam fragilizando o organismo.

Graças a Deus, só recebemos elogios na consulta. Falamos sobre alimentação (minha e dele), sono, peso, mamadas da madrugada, piscina, natação e futebol. O Leandro é flamenguista e dr. Antonio, botafoguense, ambos fanáticos. No vídeo do parto os dois já estavam se provocando. Agora em todas as consultas é a mesma coisa. Com a atual fase do Flamengo dá para imaginar quem ficou por baixo, né?

Resumo da ópera: Davi continua exclusivo no peito, é bem precoce, eu já posso comer camarão e comida japonesa (!!!!!), as mamadas da madrugada continuam até ele largar sozinho, já pode ir na piscina, natação só mais tarde e engordou muito bem provando q o meu leite é suficiente para ele. Ufa, q alívio! De quebra, ainda tomou uma vacina, a pneumo. Qualquer dia eu escrevo um post para falar só das vacinas, meu trauma!

E o Davi é só sorrisos para o pediatra. O papai e a mamãe tb!

PESO: 6,260 kg  ::::::  ALTURA: 62 cm

A QUEM INTERESSAR:

Dr. Antonio José Azeredo – 2705-2950 – o consultório fica em Icaraí, Niterói e ele aceita Unimed.

🙂